Um dos assuntos mais importantes e falados atualmente é a preparação da comida de verdade. Apoio esse movimento de várias formas: consumindo alimentos in natura, mantendo-os em minha casa e ajudando meus pacientes a colocarem essa alimentação em prática no dia a dia.

Como várias coisas em nossa vida, é claro que o cumprimento dessa tarefa não seja algo simples e imediato. Também não é um convite ao extremismo, como algumas pessoas podem fazer você acreditar. Na verdade, devemos iniciar com diminuições moderadas a curto prazo, definir metas alcançáveis e, assim, criar novos hábitos para inseri-los definitivamente em nossa rotina. 

A família que substitui comida de verdade por ultraprocessados passa a ter uma alimentação pobre em fibras, vitaminas, minerais e proteína. Além disso, perde o envolvimento familiar no preparo dos alimentos, já que a maioria desses produtos só precisa ser aquecida. Isto favorece o acúmulo de embalagens e o hábito de comer fora da mesa.

Ao consumir mais energia e açúcar livre do que o corpo necessita, a família aumentará o risco de ganho excessivo de peso e obesidade. O excesso de gorduras saturadas e de gorduras trans é capaz de crescer vertiginosamente as chances de doenças cardiovasculares. Sem contar que a ingestão inadequada de fibras também aumenta o risco de muitas doenças não transmissíveis.

Na população infantil, o consumo desses produtos coloca em risco a proteção imunológica. Além disso, é responsável pela incidência de cárie dental, por prejuízos ao crescimento e ao desenvolvimento pleno e pelo desencadeamento de processos alérgicos que dificultam a digestão e a absorção de nutrientes.

Ou seja, diante de tais reflexões, fica claro por quais razões devemos evitar os alimentos ultraprocessados. Acompanhe meu perfil para obter dicas de como exclui-los da nossa alimentação diária e, principalmente, da introdução alimentar dos bebês até os 2 anos de idade.