Quando você pensa em cozinhar em seu dia a dia, um “monstro” invade a sua mente? Este é o resultado de associar o ato de cozinhar com muitas tarefas.

Realmente, você não está equivocado ao pensar que cozinhar diariamente com alimentos in natura e minimamente processados envolve uma sequência de etapas. A situação pode ficar ainda mais caótica quando somamos essas atividades com as suas tarefas fora do lar. Olhando sob essa perspectiva, o “monstro” da cozinha passa a ser real.

A partir do momento que o ato de cozinhar passa a ter uma íntima relação com o seu propósito de vida, o “monstro” perde suas forças. Precisamos nos voltar ao autocuidado, ao bem-estar da família e entender que comer não se resume a matar a fome. Qualquer trabalho, contudo, exige certa dedicação. E não poderia ser diferente na cozinha.

A grande diferença é que, ao ter uma visão bem definida do seu ideal, você estará muito mais conectado aos seus objetivos.

Vamos imaginar uma situação:

  • Visão: Bem-estar físico, mental e social da família;
  • Objetivo: Melhorar a alimentação da família;
  • Objetivos específicos:
    • Aumentar o consumo de alimentos in natura e minimamente processados;
    • Elaborar refeições mais colorida, variada, saborosa, nutritiva;
    • Aproximar a família no preparado das refeições.

Para obter esses objetivos, é preciso elaborar uma lista de atividades que te ajudarão a colocar as ações em prática:

  1. Pensar nas refeições que a família fará durante a semana; 
  2. Elaborar um cardápio semanal simples;
  3. Fazer uma lista de compras com tudo o que é possível de ser comprado com antecedência;
  4. Usar o tempo de forma efetiva. Separar as preparações por tempo versus disponibilidade;
  5. Deixar para o fim de semana as preparações mais complexas ou mais demoradas;
  6. Preparar a “mise en place” com antecedência. Nada mais é do que já deixar os ingredientes das preparações lavados, higienizados e picados;
  7. Preparar por tempo de consumo. Isto é: existem alguns alimentos que devem ser feitos no mesmo dia do consumo (ex.: ovos mexidos). Porém, existem outros que conseguem ser prepados com antecedência (ex.: caldos, temperos, molhos, feijões, etc.).

Ao relacionar a lista acima, é muito provável que você identifique alguns obstáculos:

  • Falta de tempo;
  • Excesso de atividade;
  • Falta de recursos materiais e financeiros;
  • Falta de habilidade.

Identificar os obstáculos do dia a dia no preparo das refeições é um ponto muito importante, porque levará você a buscar soluções (atalhos). Dessa forma, você verá que a alimentação não é um problema a ser resolvido, e sim uma responsabilidade que proporcionará bem-estar à família em longo prazo.

Exemplos de atalhos:

  • Falta de tempo –> Organização em primeiro lugar
  • Excesso de atividades –> Divisão de tarefas
    • Inclua as crianças nas tarefas de acordo com a idade:
      • Arrumar a mesa;
      • Separar os ingredientes;
      • Lavar os vegetais.
  • Falta de habilidade –> praticar com frequência
  • Falta de recursos –> comparar os preços e escolher os produtos mais acessíveis, acompanhar as promoções, ir à feira, priorizar as frutas e os vegetais da época, comprar cortes de carne que rendem mais e são mais baratos (coxão duro, acem, carne moída, etc.). Fazer ensopados com carne e vegetais.  

Pense nisso! Você não tem uma visão clara de onde quer chegar? Você tem objetivos, mas não sabe porque demora para conseguir atingi-los? Falta habilidade? Gostaria de conhecer seus pontos fortes e fracos na cozinha? Então, participe do kitchen coaching com a sua família! Será um grande passo na vida de vocês!